O Município de Gouveia vai entregar o prémio literário Vergílio Ferreira 2020, na categoria romance, ao escritor João José Afonso Madeira no próximo dia 08 de Agosto. A sessão decorre Sala da Assembleia Municipal, no edifício dos Paços do Concelho, pelas 17h00.
O prémio literário Vergílio Ferreira 2020, no valor de 5000 euros foi atribuído à obra “Senha Número Trinta e Quatro” de João José Afonso Madeira, que será apresentada pelo presidente do júri Alípio de Melo.
O prémio literário Vergílio Ferreira foi instituído pelo Município de Gouveia em 1997 e pretende homenagear o escritor Vergílio Ferreira, natural da freguesia de Melo, concelho de Gouveia e promover a criação literária. O prémio tem atribuição bienal nas categorias de romance ou ensaios literários.
“SENHA NÚMERO TRINTA E QUATRO”
“Senha Número Trinta e Quatro” é a obra literária premiada pelo Município de Gouveia, como vencedora do Prémio Literário Vergílio Ferreira 2020, na categoria romance.
A decisão final sobre a obra literária vencedora da edição do Prémio Vergílio Ferreira de 2020, coube a um júri constituído por Alípio de Melo, representante do Município de Gouveia, José Manuel Mendes, representante da Associação Portuguesa de Escritores e Manuel Frias Martins, representante da Associação Portuguesa de Críticos Literários, que avaliou cerca de uma centena de obras.
João José Afonso Madeira (registo que assina todos os seus livros) nasceu a 21 de Novembro de 1956 no concelho da Covilhã, numa aldeia cuja pequenez se contrariava no seu nome – Ferro – e no horizonte feito da força sempre presente da Serra da Estrela. Ainda criança deu a mão a seus pais e com eles rumou a Lisboa, a cidade onde se fez homem e sobre a qual escreveu muitos dos seus textos em que a componente humana ao nível da classe média assumia especial relevo. Textos que se iam dispersando, perdendo mesmo, apesar de escritos nos curtos intervalos que os empregos, quantas vezes acumulados, lhe concediam. Vendedor, paquete, agente imobiliário, foi, porém, como coordenador informático na Banca que preencheu a sua vida profissional, entretanto cessada. Leitor constante, quase compulsivo, de muitos géneros e autores, assimilou de todos eles os estilos que, sem o saber, o conduziram, na opinião dos seus leitores, a um cunho muito pessoal na sua escrita. Publicados estão “Inter Lapidem”, editora Universus, 2011; “O Rio Que Corre na Calçada”, Estremoz Editora, 2014; “O Jardim da Dona Gertrudes” (Infantil), Estremoz Editora, 2014; “A Lenda Desconhecida de Francisco Caga-Tacos”, Estremoz Editora, 2014. Colaborou em várias coletâneas de Contos, das quais destaca “Portugal Profundo” pela reunião de vários autores nacionais.