Vila Cortês da Serra tem atualmente cerca de 200 habitantes e a sua Padroeira é a Nossa Senhora da Conceição.
Apesar de referências anteriores ao sec. XIII, a fundação desta localidade tem certamente relação com o repovoamento do termo do castelo de Linhares, após a libertação desta fortaleza, a cujos domínios pertencia nos meados do séc. XI. Existiria mesmo, segundo a memória coletiva da população, um castro pré-romano no morro denominado Castelejo.
Por situar-se numa estrada com importância estratégica, e também por isso, sofreu as consequências de diversos movimentos de tropas ao longo da história, mas, sobretudo por ocasião da retirada da Terceira Invasão, quando aqui permaneceu uma guarnição temporária, teve hospital de sangue e foi, em parte e posteriormente, destruída.
Para além da capela de Santo António, que é do séc XVII, devem referir-se, também, como exemplo de património arquitectónico e artístico, a Igreja Matriz que é um templo espaçoso e esbelto, de finais do séc. XVIII. Tem altar-mor, com retábulo de talha dourada, e uma elegante torre com quatro sineiras. Existe ainda um edifício brasonado, com abundância de elementos em cantaria; dois cruzeiros e uma alminha.
Nesta freguesia, diversas minas, na década de 1940, permitiram explorações anuais de toneladas de estanho, que com os necessários fornos, empregavam centenas de pessoas. Teve indústria de papel e mantém excelentes produções agrícolas que dão testemunho do caráter industrioso e diligente dos naturais.
Há, em Vila Cortês, uma Associação de Voluntários de Acção Social e um Clube de Caça e Pesca.