No 1.º piso do Mercado Municipal de Gouveia, na entrada desde o parque de estacionamento, encontrará Carlos Fernandes, um cordeal e habilidoso sapateiro.
Carlos faz pequenos arranjos desde novo, experiência que acabou por moldar a sua atitude “mãos à obra”. Comprova-se pelas sovelas que utiliza para costurar o couro – feitas pelo próprio – tal como a mesa onde mantém as suas ferramentas.
O sapateiro defende o seu trabalho: “Responsabilizo-me pelo trabalho que faço. Dou garantias. Se ficar bem servido, o cliente volta, e tenho pessoas que vieram uma primeira vez, segunda…” comenta, enquanto repara na ironia de estar, precisamente, a trabalhar num par de sapatos que outro sapateiro não havia recuperado devidamente.
Ainda que tenha enveredado pela reparação de calçado devido à influência e experiencia do seu pai nesta área, também os vizinhos de Carlos lhe ensinaram esta arte – uma relação simbiótica – já que, volta e meia, o próprio ensinava algo em retorno.
Inegável a habilidosa orientação de Carlos para gerar soluções, faz planos de usar o macaco de um automóvel para suportar a criação de uma prensa: “Nova, custaria 1000€…”, repara, enquanto deixa escapar a sensação de regojizo que sente em reaproveitar o velho – uma atitude perfeitamente compatível com a profissão de sapateiro.
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