Com texto de Ricardo Fonseca Mota e encenação de Carlos Bernardo, este espetáculo poético e literário, pretende, essencialmente, prestar homenagem aos grandes nomes da literatura portuguesa: Aquilino Ribeiro, Eugénio de Andrade e Vergílio Ferreira.
A trama gira em torno de uma relação conjugal marcada por tensões e divergências profundas. Ele, de espírito inquieto e aberto à rutura, deseja partir e explorar o desconhecido. Ela, por outro lado, assume uma postura mais conservadora, inclinada a permanecer e preservar o que já foi construído.
A narrativa, entrelaçada por referências à obra dos três autores, explora a complexidade dos desejos humanos: um quer partir, o outro quer ficar; um deseja mudar, o outro permanece ancorado. Esta composição poética investiga os limites entre a ficção e a realidade, entre o que se diz e o que se sente, numa celebração da língua, da linguagem e da literatura como formas de expressão do conflito e da conciliação.