“Sinfonia em Mééé Bemol Maior” é um projeto no domínio da música que relaciona a etnomusicologia associada ao universo pastoril com a composição contemporânea em contexto “site specific”, para a criação sinfônica de Paisagens Sonoras. Com direção artística de Julieta Silva e composição de Fernando Mota, Rui Dias e Luís Antero a obra interage com um rebanho de ovelhas, dirigidas por um pastor, e experimentam possibilidades de interação sonora e coreográfica, em tempo real, entre os estímulos destas, a captação e modelação de field records e os contextos naturais dos lugares de apresentação à improvisação in loco.
Os músicos respondem aos estímulos sonoros do ambiente e das características específicas e acústicas de cada lugar de apresentação, reconfigurando-os enquanto percepção sonora.
Equipa Artística
Fernando Mota | Artista multifacetado, cria instrumentos musicais experimentais e objetos sonoros a partir de árvores, rochas, água e outros elementos naturais. Através da escuta, do silêncio e do sobressalto questiona o ritmo do quotidiano e as possibilidades expressivas e simbólicas da natureza. Compositor, artista sonoro e performer, combina música, teatro, artes visuais e poesia para criar espetáculos, instalações e outros objectos artísticos. O seu trabalho transcende fronteiras geográficas, culturais e linguísticas. Colabora com diretores e companhias de teatro, dança e cinema nacionais e internacionais e promove oficinas com diversos grupos e comunidades.
Rui Dias | Estudou piano jazz e clássico, completando o curso complementar no Conservatório Calouste Gulbenkian. É licenciado em Composição pela ESMAE-IPP (Porto), onde estudou com os professores Virgílio Melo, Cândido Lima, Filipe Pires e Carlos Guedes. Em 2009 concluiu o Mestrado em Multimédia na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, e em 2018 o doutoramento em Média Digital UT Austin / Portugal com área de pesquisa em geração automática de música.
Luís Antero | É paisagista, documentarista e arquivista sonoro. Desenvolve desde 2008 um trabalho de recolha e documentação do património acústico de várias zonas do território nacional, com base em gravações sonoras de campo
Julieta Silva | Tem um percurso artístico ligado à música tradicional portuguesa, que encetou com a passagem pelo GEFAC, em Coimbra, onde teve o primeiro contacto com as etnografias e com a sua utilização a um nível performativo. A paixão por esse universo sonoro germinou posteriormente na forma de diversos projectos que integrou, como Chuchurumel, Diabo a Sete, Chukas [primitivos e civilizados], Alacrã, um duo de sanfonas com Carlos Guerreiro, e Las Çarandas, que se debruça sobre o repertório musical da região de Miranda do Douro.
Classificação Etária: Todos os públicos
Criação: Trans Húmus – Estratégias Criativas _ Entidade Financiada pela DGARTES
