O Município de Gouveia e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Gouveia associam-se, uma vez mais, à iniciativa do Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância, que decorre durante o mês de abril, em todo o país, bem como em diversos países europeus.
Esta iniciativa tem como principal objetivo tornar visível o interesse comum das instituições do concelho em relação a este problema, consciencializando a comunidade para o seu papel na prevenção do abuso infantil, bem como promover nas famílias o exercício de uma parentalidade positiva, sem recurso à violência verbal ou física, na medida em que nenhuma criança deve ser vítima de nenhuma forma de violência.
O Mês de Prevenção dos Maus-Tratos na Infância teve origem na História do Laço Azul, no ano de 1989, na Virgínia, Estados Unidos da América, quando uma avó, Bonnie Finney, amarrou uma fita azul à antena do seu carro “para fazer com que as pessoas se questionassem”.
“O Azul funciona para mim como um constante alerta, para lutar pela proteção das crianças”.
Bonnie W. Finney
A história que Bonnie Finney contou aos elementos da comunidade que se revelaram “curiosos” foi trágica e sobre os maus-tratos à sua neta, os quais já tinham morto o seu neto de forma brutal. E porquê azul? Porque apesar do azul ser uma cor bonita, Bonnie Finney não queria esquecer os corpos batidos e cheios de nódoas negras dos seus dois netos. O azul servir-lhe-ia como um lembrete constante para a sua luta na proteção das crianças contra os maus-tratos.
A história de Bonnie Finney demonstra-nos como o efeito da preocupação de um único cidadão pode ter no despertar das consciências do público, em geral, relativamente aos maus-tratos contra as crianças, na sua prevenção e na promoção e proteção dos seus direitos.
Prevenir, tratar e apoiar as vítimas requer um esforço coordenado a todos os níveis – da comunidade, da família, da escola, da justiça, dos governos – e que se reflete na maior ambição da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da nossa localidade. Promover a educação e a consciencialização da sociedade sobre a importância de bem cuidar e de proteger não pode ser um trabalho apenas da CPCJ. Se cada leitor(a), cada cidadão, cada pai, cada mãe, cada amigo(a), namorada(o), cada professor(a) ou colega não der a sua parte, a mudança não acontece…