No 1.º piso do Mercado Municipal, com acesso pelas escadas interiores ou pela entrada do estacionamento descoberto, encontrará o Salão Elegante, da cabeleireira Elisabete Pinhanços.
Com 50 primaveras, Elisabete é cabeleireira desde os seus 18 anos de idade. Esta aventura começou no Santos Cabeleireiro, na R. Cardeal Mendes Belo, onde teve o Sr. Santos como seu mestre, com o qual trabalhou e conviveu ao longo de 16 anos.
Passou para o Salão junto à Casa da Torre, tendo trabalhado com a sua patroa D. Emília. Depois de 4 anos, Elisabete fica com o negócio: o que nos traz ao presente, trabalhando por contra própria há 12 anos.
Elisabete recorda os tempos em que, desde a tarde de 5.ª feira até ao fim de sábado, tinha o salão cheio, com marcações que preenchiam todas as horas. A cabeleireira explica como as clientes de maior idade evitavam lavar o cabelo em casa, prestando visitas semanais ao seu salão. Já as camadas mais jovens “não ligam tanto a penteados”, julgando que se limitam a cortar as pontas periodicamente.
Elisabete conta como as crianças têm a tendência para tentar cortar o seu próprio cabelo – e a fazer um duvidoso serviço – pecado que a cabeleireira não deixou de incorrer também, nos seus tempos de infância. Hoje, corta o cabelo de crianças que também se envolvem em experiências muito semelhantes.
“Sempre gostei de lidar com as tesouras”, confessa Elisabete, que desde pequena regozijava as sensações associadas ao corte, como os vestidos que cortava para as bonecas, onde esta paixão começou.
“Tenho muitas clientes fiéis”, admite Elisabete, enquanto corta o cabelo a Maria, um perfeito exemplo desta constatação. Maria, que antes fazia caracóis, opta agora por um corte mais prático e elegante: “Nunca fui a outra cabeleireira em Portugal”, expressa a cliente, que confia no engenho e olho estético de Elisabete.
Se a profissão de cabeleireira implica dominar as tesouras, escovas e produtos para o cabelo, não se deve desqualificar a importante capacidade de saber dar dois dedos de conversa: “Faz-se o trabalho e põe-se a conversa em dia”, resume perfeitamente a habilidosa cabeleireira.
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