António Garcia Barreto é o vencedor do Prémio Vergílio Ferreira 2024

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30 de Abril, 2024

António Garcia Barreto é o vencedor do Prémio Vergílio Ferreira 2024, na categoria de romance, com a obra “Por Amor a Leonor”.

O autor nasceu na Amadora, licenciou-se em História, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Viveu a guerra colonial, foi empregado de livraria, Técnico de Organização e Métodos, Gestor de Recursos Humanos e Diretor de Pessoal em empresas de grande e média dimensão. Tem publicado romance, conto e literatura infanto-juvenil, colaborou em jornais e revistas, entre os quais o Notícias (de Lourenço Marques/Maputo), Diário Popular, República e jornais e suplementos infantis como o Pimpão e o Pontinho.

No ano de 1972 recebeu o 1.º Prémio de Poesia, nos Jogos Florais da Manutenção Militar, no 75.º aniversário da Instituição, com o poema «Uma Força Vinda do Vento» Em 1973 obteve o 1º Prémio de um Concurso de Contos promovido pelo Diário Popular, com o conto «Tio Jeropiga, Tio Manel Pedreiro, Eu, a Mula Bizarra e Companhia». Nos anos de 1981/82 criou e dirigiu a Oficina do Tio Lunetas, página infantil do semanário regional Notícias da Amadora. O seu romance «A Malta da Rua dos Plátanos» encontra-se traduzido em russo. Alguns dos seus textos para crianças estão incluídos em seletas escolares e o livro «Botão Procura Casa» foi transcrito para Braille. O conto Um Minuto Mágico, mais tarde incluído no livro «Contos do Amor Breve», foi distinguido no Prémio Literário Hernâni Cidade, em 1996, promovido pela Câmara Municipal do Redondo. No ano 2000 foi atribuído ao seu romance juvenil «Rubens e a Companhia do Espanto em O Caso da Mitra Desaparecida» o Prémio Literário de Sintra – Adolfo Simões Müller, promovido pela Câmara Municipal de Sintra. Esta obra foi reeditada, em 2006, com o título «A Mitra Desaparecida», na coleção Aventura de Viver, da colecção onde o autor tem publicado outros romances juvenis. No mesmo ano e com a chancela da mesma editora saiu o seu livro infantil «Uma Zebra ao Telefone», ilustrado por Viktoriya Borshch, incluído no Plano Nacional de Leitura. Em 2005, publica na editora Campo das Letras o romance «Ensina-me a Namorar» e em 2006, na Roma Editora, sai o romance, «À Sombra das Acácias Vermelhas», com os quais esgota no seu trabalho literário o tema da guerra colonial, já abordado, de passagem, no primeiro livro. Em 2008, publica novo título juvenil «Ricardo Caiu no Buraco de Ozono», na Ambar, e o romance «A Mulher da Minha Vida», na Oficina do Livro, romance cuja ação decorre em Lisboa, nos anos 30 do século passado. No ano seguinte, publica uma reedição de um livro juvenil O Caso da Cobra com Asas, pertencente à série Brigada Azul. Em 2010, publica o romance «Um Sorriso para a Eternidade». Segue-se, em 2011, o romance «O Homem do Buick Azul», no qual reaparece o detetive Eneias Trindade, personagem principal do livro «A Mulher da Minha Vida». Em 2017, reedição do livro infantil Uma Zebra ao Telefone. Em 2019, sai a 2.ª edição, revista, do romance “A Malta da Rua dos Plátanos”, numa edição da Book Cover, do Porto. Durante todo o mês de Abril de 2021, este romance foi vendido juntamente com os jornais Diário de Notícias e Jornal de Notícias como forma de assinalar o 25 de Abril. Em 2021, venceu o Prémio Literário Orlando Gonçalves de Ficção Narrativa, instituído pela Câmara Municipal de Amadora, com o seu romance “O Discreto Cavalheiro”. Em 2022 publica o romance “Querubim, o Filho da Puta”, na Editora Guerra e Paz. No ano seguinte publicada o romance O Regresso do Primo Basílio no Grupo Narrativa.

Em 2024 vence o Prémio Literário Vergílio Ferreira com o romance inédito “Por Amor a Leonor”.

As 70 obras a concurso foram apreciadas por um júri constituído por Alípio de Melo (representante do Município de Gouveia), José Manuel Mendes (Associação Portuguesa de Escritores) e Manuel Frias Martins (Associação Portuguesa de Críticos Literários)

Para além do reconhecimento do autor e da obra literária vencedora, o prémio terá um valor pecuniário de dez mil euros e será entregue ao autor em cerimónia pública em outubro de 2024, no âmbito do Festival Literário Em Nome da Terra.

O Prémio Literário Vergílio Ferreira, instituído pela Câmara Municipal de Gouveia, pretende homenagear o escritor Vergílio Ferreira, bem como incentivar a produção literária, contribuindo desta forma para a defesa e enriquecimento da língua portuguesa.

O galardão já distinguiu, entre outras, as obras “Que possível ensaio sobre a verdade em Vergílio Ferreira”, da autoria de Maria do Rosário Cristóvão (2018), “Dor de Ser Quase, Dor Sem Fim”, de Iolanda Martins Antunes (2016), “O Cómico em Vergílio Ferreira”, de Jorge Costa Lopes (2013), “Diário dos Imperfeitos”, de João Morgado (2012) e “Estação Ardente”, de Júlio Conrado (2006) e “José Saramago: a Literatura e o Mal” de Carlos Nogueira.

O autor de “Manhã Submersa” nasceu na aldeia de Melo, no concelho de Gouveia, na Serra da Estrela, distrito da Guarda, em 28 de janeiro de 1916, e morreu em 01 de março de 1996.