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Igreja Matriz de Vinhó

A Igreja Matriz de Vinhó, em Gouveia, antigo Mosteiro de Clarissas, é uma igreja classificada como Imóvel de Interesse Público e é composta por uma planta longitudinal com uma nave, uma capela-mor mais estreita e uma torre sineira quadrada, uma capela lateral e uma sacristia adossadas. Foi construída no século XVI, com remodelações e acrescentos nos séculos seguintes, apresentando características de arquitetura maneirista e barroca.

Entre 1567 e 20 de junho de 1573, D.ª Antónia de Teive e Francisco de Sousa (fidalgo da Casa Real) fundaram, na sua quinta em Vinhó, o Convento de Freiras Clarissas, dedicando-o à Madre de Deus. Ainda no ano em que foi finalizado, através de escritura, o convento foi entregue a Frei Nicolau de Jesus.

No séc. XVIII, o convento extinguiu-se, pois já se encontrava arruinado. Foi adquirido posteriormente por uma família de Gouveia, que procedeu à demolição do edifício, claustro e cerca, conservando apenas a igreja e parte de um edifício que viria mais tarde a funcionar como escola primária.

Em 1869, morre a última freira e é a extinção definitiva do cenóbio, o Convento da Madre de Deus foi destinado a diversos fins. O templo tornou-se sede da paróquia de Vinhó, parte das dependências conventuais foram cedidas para a instalação de uma escola primária e o espaço da cerca do convento foi vendido a particulares.

Fechou a 28 de maio de 1834 por decreto que ordenava a extinção das Ordens Religiosas.

Pelo convento passaram centenas de clarissas, sendo a Tia Baptista a mais conhecida pelos dotes milagrosos e pelo seu boneco conhecido como Menino Jesus.

A Tia Baptista muito conhecida pela sua santidade no século XVIII, e também pelos seus cantos de trabalho e devoção. Estes cantos foram publicados num manuscrito que se encontra no Museu Arte e Memória.